Certa feita, eu e o Thadeu resolvemos fazer a tradução de um texto do João Evangelista, extraído do livro Apocalipse, para a página que naqueles tempos a gente editava na Gazeta do Povo. E fizemos. E publicamos. Veja como ficou.
Visões de Babilônia
E partiu, caiu, ruiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios e covil de toda espécie de espírito mau e destino de toda a corja de vampiros e esconderijo de toda ave imunda e detestável.
E todos que se venderam e que dela sugaram e nela viveram e que com ela lucraram na opulência, se afastarão, diante da queda colossal.
E a grande Babilônia do bom e do melhor nunca mais será achada. Nem ruína de espetáculo, nem memória de ciência, nem caco de indústria, nem algazarra de casais e filhos, nem nenhum pio de passarinho se ouvirá na Babilônia caída.
Porque os seus reis foram algozes e seus vendilhões dominaram a terra e todas as nações foram profanadas pelas suas armas e seduzidas pelo seu ouro e desencaminhadas pela sua boca e pervertidas pela sua feitiçaria.
Porque o chão de Babilônia bebeu o sangue dos santos, dos profetas, dos justos, dos simples e dos puros e seu poder embriagado é cúmplice de todos os assassinatos da Terra.
(Texto de João Evangelista, do livro Apocalipse. Tradução de Roberto Prado e Antonio Thadeu Wojciechowski)
4 comentários:
isso ficou muito lindo. não sei de onde vocês trouxeram, do inglês ou do aramaico farpado, o fato é que chegou bonito e forte. parabéns. e um grande abraço, do ricardo
Alô, alô, grande Ricardo. Bacana a sua visita e melhor ainda que você gostou. A versão foi feita a partir de muitos originais, cotejando, limando, esmerilhando e fazendo das tripas, coração, num sistema que batizamos de "traduções que os autores traduziriam".
Grande abraço.
Quanta maravilharia !
E quanta gentileza! À benção, maloqueiros.
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