Revi a foto e lembrei do poema. Então, coloco os dois juntos, para ver onde é que isso tudo vai parar. Se é que alguma coisa realmente para.
Entre essa e aquela estrela
Um espaço em branco
Onde a noite é mais preta
Imenso infinito desmedido vácuo
De uma estrela solitária
À solidão de outra estrela
(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de Roberto Prado)
Acredito na definição do Erza Pound da poesia como conversa entre pessoas inteligentes. E quando esse papo acontece é muito bacana. Pois bem, aconteceu. A San, que pilota o blog Nervosa, com link aqui e na lista ali ao lado, lendo a minha versão fez a dela a partir do mesmo original do Ungaretti. Mais que depressa, extraí a pérola lá dos coments e colei na postagem, para que vocês possam acompanhar esse diálogo.
Daquela estrela
Até a outra
Se estende cativa a noite
No excessivo vazio
Vertiginoso vazio
Da solidão que se mede
Daquela estrela
Até a outra
(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de San)