segunda-feira, abril 26, 2010

Presença, saudade, distância

Léia Leite e Marcos Prado navegando para algum lugar.

Revi a foto e lembrei do poema. Então, coloco os dois juntos, para ver onde é que isso tudo vai parar. Se é que alguma coisa realmente para.


Entre essa e aquela estrela
Um espaço em branco
Onde a noite é mais preta

Imenso infinito desmedido vácuo
De uma estrela solitária
À solidão de outra estrela


(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de Roberto Prado)

Acredito na definição do Erza Pound da poesia como conversa entre pessoas inteligentes. E quando esse papo acontece é muito bacana. Pois bem, aconteceu. A San, que pilota o blog Nervosa, com link aqui e na lista ali ao lado, lendo a minha versão fez a dela a partir do mesmo original do Ungaretti. Mais que depressa, extraí a pérola lá dos coments e colei na postagem, para que vocês possam acompanhar esse diálogo.

Daquela estrela

Até a outra

Se estende cativa a noite

No excessivo vazio

Vertiginoso vazio

Da solidão que se mede

Daquela estrela

Até a outra



(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de San)