Diversos figurões da república pararam de enrolar e hoje se declaram favoráveis à liberação (ou como eles preferem: descriminalização) da maconha.
Mesmo não sendo gourmet da tal planta, abstraio a dor de concordar com políticos e lhes dou razão. Proibir mato é o fim da picada.
Pois bem. Só semana passada apareceram o muito louco ex-presidente FHC (aliás, curiosamente, seu nome é quase THC, o mesmo que designa o princípio ativo da chibaba - tetrahidocanabinol), o cabeça-feita ex-ministro da justiça, Márcio Tomaz Bastos e o fissurado ministro do meio ambiente, Carlos Minc dizendo que, por eles, o povão poderia fumar despreocupadamente a sua folha de chuchu com pachioli na varanda.
Mas, na verdade, não é de filigranas jurídicas e polêmicas bestas que eu quero falar. É que lembrei da obra-prima que uns amigos meus escreveram, musicaram e ainda devem cantar por aí. Coisas assim precisam ser acesas para não virar fumaça.
Não lembro o título da bagaça, no original que eu tenho está faltando este pedaço. Talvez tenham usado para enrolar um. Vai saber.
PS.: Opa! O Trindade, lá do Reino Unido, já me lembrou do título da bagaça.
Caterva maldita
eu sou chegado numa maconha
eu gosto mesmo é de um bagulho bom
minha cabeça fica bambalhona
eu fumo puro e com manjericão
dançam fumando e dizendo jah
rastafaris cabeças de nego
vou dando bola e dizendo oba
lá no pernambuco tem o cabrobró
a tal sensemilla vem do cafundó
rabo de raposa é muito mió
vem em bolinha e tem que dechavar
baixaram todos os santos da bahia
quando a liamba começou rodar
que veio em lata no solano star
índia, somália, trinidad, polônia
acho que fumo em qualquer lugar
lá no pernambuco tem o cabrobró
a tal sensemilla vem do cafundó
rabo de raposa é muito mió