Vivemos dias mortais. Vejam dois exemplos.
Primeiro (mais detalhes no blog do Solda), o Mário Celso Petraglia, poderoso chefão do Atlético PR, fica uma arara com um cartum do Tiago Rechia e liga ameaçando encher o artista de chumbo.
(Pausa para um diálogo imaginário:
"- Alô, aqui é o Mário..."
"- Que Mário?"
"- Aquele que te rodeou o fiofó de bala ao sair do armário.")
Mas, sério, dê uma olhada acima e, mesmo sem ser psicanalista, me ajude a entender o que pegou tão pesado e bateu tão fundo a ponto de magoar por dentro o dirigente esportivo. Para quem não sabe: o cara atendendo o celular representa o Petraglia e o sujeito pendurado simboliza o jogador Dagoberto, que sacaneia e é sacaneado publicamente pelo Atlético há uns bons dois anos. Uma relação nitidamente sadomasoquista, que o Tiago Rechia soube definir muito bem.
Segundo, o Thadeu finalmente virou réu confesso e vai publicar um capítulo a cada três dias da saga O dia que matei o Wilson Martins. Começando nesta segunda, dia 22. Para quem não sabe, o Wilson é um importante acadêmico, intelectual e crítico literário (neste quesito cometeu alguns pecados, especialmente em Poesia, área da qual o cara provou não manjar lhufas). Não sei bem que espécie de barbaridade o Thadeu inflingiu ao insígne professor-doutor, sua vítima. Mas não vou perder os capítulos nem morto. Viva!
Terceiro: mesmo que tudo esteja indo de mal a pior, lembre-se sempre que a vida é boa, a turminha é legal, o mundo é bacana e este é um país que vai pra frente. Por isso, recomendo, com grande entusiasmo que, por enquanto, ninguém pregue bala em ninguém. No mínimo, pelo inútil ridículo inerente ao ato, já que a morte, segundo consta, não existe.
4 comentários:
Roberto Prado, El Beco:
Hélio Fernandes, numa palestra na Escolinha do Requião, disse à uma platéia assustada que eles poderiam brigar com todo mundo, menos com cartunistas e chargistas.
E não é que ele tem razão?
Solda
paz, incenso, palavras
noite de estrelas
avião sem asas
cb.
É isso aí, Solda, pau nos prepotentes.
O Hélio Fernandes sabe das coisas. Lembro que a Tribuna da Imprensa foi um dos primeiros jornais a publicar meus poemas. Antes da imprensa local, inclusive. Começaram a sair na Tribuna (a editora era a Maria Amélia Mello) e, um pouco depois, no Correio do Povo, de Porto Alegre (pelo Paulo Gastal). Uma vez tive a desmerecida satisfação de ter um poema publicado bem no lugar tradicionalmente ocupado pelo Mário Quintana. Oiés!
Quanto a mandar bala nos cartunistas, só se for uma azedinha do Dalton Trevisan...
Cláudio: esses são os melhores vôos, bem acima da mediocridade.
Grande abraço
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