Neste mundo, o que é bom a gente tem que garimpar, meter a unha e não deixar escapar. Aqui vão textos escolhidos a dedo de três escritores de mão cheia. O Mário Bortolotto está em São Paulo, a Léia Leite no Rio de Janeiro e o Luiz Antônio Fidalgo eu não sei (onde você está, Fidalgo?)
1.
Trecho de Soda Pop, de Mário Bortolotto
Ninguém anda com ele e o cara detesta ficar sozinho. Deus, esse cara
2.
Conto de Dalton Fêmea, de Léia Leite
De uma hora pra outra, o rei da batucada.
Para ele o novo Francisco Alves.
Batucava nas panelas, bacias, baldes, tudo, até a tampa da privada, credo, ele chamava de surdo.
Sorte que sem cigarro e copo ele não fica. Com copo e cigarro, nada de samba batucado, porque começava a cantar. Um hipopótamo dando o último suspiro.
Que de dormir os esfomeadinhos gêmeos?
Agora ele, dou graças a Deus, um silêncio de morte.
É hoje.
Ele não vivia cantando que era para mulata sapatear no seu caixão?
3.
Pronto! Agora ele já tinha dez anos de idade. Já podia brincar com o grupo dos primos mais velhos, como sempre sonhara. – Seja bem-vindo, primo, disseram, colocando-lhe uma venda nos olhos e prevenindo de que só tirasse a tal venda, após ter contado até cem. Então, o levaram assim, cego, pra algum canto em alguma parte daquela casa enorme. – Noventa e dois... ele foi contando ... noventa e sete... enquanto o som da voz dos primos sumia por completo... cem! - Tirou a venda dos olhos. Surpresa! Tudo continuou escuro. Ele ficou ali, aguardando o que viria a seguir. Viu então, um pequeno ponto luminoso que foi crescendo, crescendo e iluminando todo o ambiente. Então ele pôde ver o que era: – Fogo, gritou, e percebeu que nas paredes da peça onde estava não havia interruptores de luz, portas ou janelas.
3 comentários:
Caro Roberto,
Obrigado pela lembrança. Vou pedir ao Osvaldo Rios que faça o favor de passar a você um exemplar do microcontos (Que agora sei não são tão micros assim)
Lamento que a vida não me tenha colocado nas mesmas aventuras que te colocou. De qualquer forma, ainda quero poder agradecer pessoalmente pela "Macroapresentação ao pé do foguete" que fez para o Microcontos e que, como escrevi no livro, considero um presente que me deu.
Um grande abraço
E até qualquer hora.
fidalgo (O luizantonio)
Olha só quem veio me visitar! O Fidalgo, depois de quanto mesmo? Uns 16 anos? Mas isso não importa. Legal você por aqui... e manda o livro! Grande abraço.
Amigo Roberto Prado,
Já estive com o Oswaldo Rivers e entreguei-lho dois exemplares do Microcontos, sendo um deles, obviamente o seu.
Se o Oswado Rios ainda não entregou o livro, infelizmente acabei de entregar o Oswaldo Rios.
Um abraço, e desculpe pelo quiasmo malajambrado.
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