quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Está na cara?

Tenho que aprender a postar imagens, então melhor começar pela minha própria fuça, vista pela lente do múltiplo Bira (que, assustado com a violência curitibana, zarpou para o Rio). E já que o caso é de colocar a cara à tapa, vai também mais um poema do Apenas um coração fazendo barulho.



do parto ao ponto de partida


tomado um passeio

com ola e olé no meio

levou, além do voleio,

a vaia que devolveu sua fuça ao espelho


colocado pra escanteio

veio de quebra

na volta

o maior vareio


mancando desmascarado

sob a sanha assassina

da massa ensandecida

suou sangrando

e sozinho

o banho de bola

da sua vida

(Roberto Prado)

4 comentários:

polacodabarreirinha disse...

Tomara que o livro saia logo, Beco. Sensacional essa do Fábio lançar pela Travessa dos Editores.
Vê se apressa e manda logo os originais. Eu ainda não li, mas já gostei.

Abraço

Bárbara Lia disse...

Roberto,
boas notícias! o blog, o livro, fico feliz e vou chegando assim, sem intimidade prá te chamar de Beco, como o Thadeu... mas, me
sentindo em casa. Com certeza a poesia só tem a ganhar com tudo isto, e muita emoção por descobrir o teu carinho com minha poesia, isto dá um ânimo muito grande.
Beijos

Roberto Prado disse...

Duas visitas ilustres, mas que deixam a gente bem à vontade. Bárbara, sem cerimônias, por favor. A não ser os cerimoniais da poesia, que são bem diversos. Legal ter você por aqui, espero que tenha gostado. Thadeu estou apressando ao máximo e, acredito, logo logo o livro estará na mão.

Roberto Prado disse...

Grandesíssimo Careqa! Lembro bem daquela semana. Eu fugi pra SP logo depois da morte do Marcos e encontrei você na rodoviária, que me passou endereço e telefone. Não foi só o pão com café com leite. Daquela feita você preparou um belíssimo peixe assado com batatas, aliás, muito bom. E assistimos a um filme muito estranho no centro cultural de um banco. E cotejamos a nossa versão do Tao com uma em alemão. E dá-lhe adrenalina, eu de carona, com aquele trânsito paulista, na sua Vespa envenenada. Você mudou daquele apartamento? Se não me engano você o dividia com um gaúcho. Obrigado, Careqa, pela paciência naquele momento e pela visita de hoje. E Coritiba sempre!